Perseguindo a exploração da sua filosofia hedonista, Michel Onfray aborda-a, nesta obra, pela vertente política. Aqui surge, magnificada, a figura do rebelde cujo génio colérico o leva, através da história, ao irreprimível desejo de revolução.
Uma mística de esquerda? Com certeza. Com os seus antepassados anarquistas. Com a sua tão actual vontade de reencantar um mundo submetido ao economicismo. Com o seu ideal de prazer oposta a esse ideal ascético que a direita não deixa de celebrar.
Retomando a história no capítulo onde, pela última vez, a esquerda manifestou este singular génio, Michel Onfray propõe uma conclusão do Maio de 68 que reconsidera à luz de um fim de século convencido da morte das ideologias colectivas.
Neste verdadeiro elogio da não submissão, descobrir-se-ão ocasiões para voltar a dar à força um estatuto político sob as formas de desobediência, de resistência, de insubmissão e de insurreição.