A Rafael Santa-Cruz corre-lhe no sangue a poesia, uma sensibilidade secreta cujos horizontes não cabem nos limites familiares e escolares. Na escola tem por colega um rapaz, filho de um pai muito diferente do seu. Os dois amigos vão unir-se numa amizade que, não excluindo Vanessa ou Ana Lúcia, se desenvolve por caminhos de contornos misteriosos, por vezes inacessíveis, cruzados por emoções, vivências, apelos, solicitações, gritos surdos.
O desfecho desta amizade conduz à eterna pergunta: o que é o amor? Valerá a pena morrer por ele? Podem as convenções matá-lo, inscrevê-lo em códices identificados com a morte?