"Poemas do Afélio" não é um livro de versos, é um livro de poemas que está dividido em cinco partes. Em “Ego” e “Memórias” o sujeito poético apresenta-se-nos como um ser egotista, solitário, quase misantropo, revoltado contra a efemeridade da vida (por mais que dela se queixe), perplexo perante os paradoxos da existência humana – “Sofro a contradição das causas milenárias”. Em “Homenagens” entra em cena o homem social, amigo dos seus amigos cujo desaparecimento o deixa humanamente mais pobre e desprotegido. No espaço reservado aos “Humorísticos” o poeta lírico dá então lugar ao satírico, ao cidadão atento às realidades circundantes de um hoje dominado por um avanço tecnológico sujeito a todos os exageros. Os “Poemas de Amor”, a principal recorrência dos versos de Vaz de Carvalho. São cânticos, e hinos, e panegíricos, e exaltações, e sublimações.