As crenças acerca dos seres invisíveis que povoam o Céu, o Inferno e os outros lugares do Além suscitaram algumas das práticas mais arreigadas, mais complexas, mais perturbadoras e mais criativas de novas práticas e novos rituais. Em certos casos inspiraram sistemas coerentes; noutros aparecem como elementos contraditórios ou até absurdos de uma visão do mundo, peculiar de certo período (aqui no caso a Idade Média). O seu conjunto pode formar uma espécie de «mapa» do Além e das suas interferências no universo visível; inspira estratégias de defesa ou de captação de poderes alheios. A sua evolução global e as suas alterações parciais parecem indomáveis, apesar das constantes tentativas de controlo da sua formulação e da sua prática por parte das autoridades religiosas e políticas. […]