Este romance - o mais lido no século XX, em língua inglesa - é fruto de uma viagem que Graham Greene fez às terras de Tabasco para conhecer a perseguição religiosa que teve lugar nos anos vinte, no México. O livro descreve as peripécias e os dramas do único sacerdote católico que continuava a exercer, clandestinamente, o seu ministério. Perseguido pela polícia, carregava consigo as cicatrizes do tempo: os gestos denunciavam um passado diferente e um temor em relação ao futuro. Não era nem herói nem santo, vivia como fugitivo, cheio de medos, com a consciência de ser um pecador, com o remorso de ter uma filha e, embora debilitado pela bebida, dizia zombeteiramente que com um pouco de conhaque era capaz de desafiar o demónio. Um romance comovente em que, para este padre perseguido e fraco, a fé é uma certeza que não se deixa determinar pelas misérias.