Em 1774, a segunda expedição do Capitão Cook aos Mares do Sul registou uma ave até então desconhecida: o espécime foi capturado, conservado e trazido de volta para Inglaterra, onde acabou por ser entregue ao naturalista Joseph Banks. Estranhamente, nenhum outro exemplar dessa ave voltou a ser visto, nem nas Ilhas da Sociedade, onde fora encontrado, nem em qualquer outro ponto do planeta. E, mais estranhamente ainda, o espécime que Joseph Banks exibiu orgulhosamente na sua colecção também acabou por desaparecer. Se não fosse uma ilustração a cores feita pelo desenhador que viajara a bordo do navio de Cook, dir-se-ia que a Misteriosa Ave de Ulieta, como ficou conhecida, nunca chegara a existir. Duzentos anos mais tarde, o irreverente professor John Fitzgerald recebe um telefonema suspeito de uma antiga paixão. Curioso sobre a razão do reencontro, descobre afinal que Gabriella e o seu actual companheiro têm um estranho pedido a fazer-lhe: sendo Fitz o maior estudioso da sua área, deve ajudá-los a procurar a ave embalsamada. Os motivos? Bastante obscuros. A recompensa? Deveras aliciante. A resposta? Não, o genial Fitz recusa-se a colaborar. No entanto, ao voltar para casa, descobre que a mesma foi assaltada e que o objecto da devassa eram… os seus apontamentos. Lança-se então na tentativa de recapitular a história da ave, descobrindo pormenores surpreendentes sobre o papel de uma estranha Miss B na vida e na carreira de Joseph Banks. Poderá ser ela a chave do mistério – chave que o leve até à descoberta da Misteriosa Ave de Ulieta? Saltando entre dois períodos, de uma história de amor para a história de uma pesquisa científica de proporções detectivescas, este romance é simultaneamente o relato da vida secreta de Joseph Banks e a corrida quase impossível de Fitz para encontrar a ave desaparecida.