O autor desta balada tropical, o jornalista Sérgio Soares, foi correspondente de órgãos de comunicação social portugueses em Angola, no auge da guerra fratricida que após a independência dilacerou o país.
O PERSONA NON GRATA dá-nos o relato da experiência vivida pelo autor como repórter nesse conflito, em dois períodos diferentes. No primeiro deles, o mundo então dividido exportava uma "guerra quente" para Angola através de interpostos agentes, enquanto na Europa se desenrolava a "guerra fria". No segundo, já sob os efeitos da implosão de um dos pólos da bipolaridade forjava-se a gestação para um novo mundo, globalizado.
Em qualquer desses períodos, a metralha falava mais alto que qualquer acção reconciliadora.
in prefácio,Vítor Ramalho