O que pensar de um autor que em 1870 antecipa muitos dos acontecimentos que marcaram o século XX e algumas das mais estimulantes propostas que hoje enquadram o debate acerca da reconfiguração do sistema político internacional? Um autor que reflecte sobre o papel de Portugal na Europa e no mundo, afirmando: Quando são tantos e tão grandes os perigos, olhemos também nós, portugueses, pelos nossos interesses. Proclamemos também os nossos direitos e mostremos ter a consciência dos nossos deveres e a força de os cumprir.
João de Andrade Corvo, por muitos considerado o pai da moderna diplomacia portuguesa, revela nesta obra uma capacidade invulgar para analisar os principais desafios político-estratégicos a que deveremos saber dar resposta no plano das relações internacionais.
A sua descrição dos factos é rigorosa e empolgante. A interpretação que deles faz está repleta de valiosos ensinamentos para o futuro. O estilo é fascinante.