Prefácio de Rui Vilar. Nos dez anos terminados em 2007, acumulámos a maior sucessão de défices e de endividamento externos da nossa História. Ao mesmo tempo, o nosso nível de vida afastou-se da média comunitária e foi ultrapassado pela Grécia e por alguns dos novos parceiros da UE, enquanto outros se preparam para nos ultrapassar a breve prazo. Portugal poderá estar preso numa armadilha de prolongado empobrecimento relativo. E, na ausência de acções apropriadas, o ajustamento automático dos desequilíbrios acumulados poderá conduzir a uma profunda e prolongada recessão económica. Para Vítor Bento, há soluções, mas para resolver o problema, é preciso percebê-lo.