"Decalcando exemplos do passado, as mesmas potências decidiam provocar-se entre si, uma vez ainda, e pelo caminho outras; como que enfastiadas da ameaça terrorista, tentavam algo mais assustador. E se, nesse mesmo Agosto, renascera, no pólo da democracia, a esperança mobilizadora, em Gori, pelo contrário, parecia observar-se a tentativa do caos. Será sempre urgente, embora com algum lirismo, o respeito pela reserva de sonho, pela teimosia - qual vício da alma -, pela consciência dos lugares moribundos, no contexto da narrativa historiográfica: permite-nos olhar de frente os poderosos e dialogar com eles, como se todos fôssemos eternos, por interposto meio. Jamais deixarão de esconder, e nós de denunciar. O escritor, sendo um ponto de passagem para o texto, «decifra traços», com a necessária prudência: o mundo não esquece, acomoda-se."