Este romance traz-nos a saga de uma família burguesa na segunda metade do século XX. Centra-se no percurso de dois primos, Alfredo e Sebastião, unidos por uma amizade de irmãos e por uma infância em comum no Alentejo rural, mas separados por destinos divergentes que se vão entrecruzando no decorrer dos anos. As vidas da família Pereira descrevem o rumo a uma loucura que mais não é que o desabar dos sonhos face à realidade quotidiana. Uma prosa inovadora e intuitiva, a que não é alheia uma portugalidade de brandos costumes e tradições que atravessa toda a narrativa, com referências históricas que nos permitem encontrar o fio narrativo e o paradeiro das várias personagens ao longo de mais de quatro décadas. Uma escrita que ganha intensidade à medida que acompanha o crescimento dos protagonistas, os embates da sua vida adulta, o precipício das suas decisões. A Pátria dos Loucos é um romance de estreia auspicioso que certamente se destacará no panorama da ficção portuguesa.