Porque tive a honra e o privilégio de conhecer muitos dos militares referidos na obra, porque vivi muito do tempo relatado nas terras do “Trans-Quanza” e me recordo bem das operações militares que ali se desenvolveram e das acções desenvolvidas pelos Páras, julgo que o presente livro do tenente-coronel Mensurado é mais um contributo para a História militar recente de Portugal e das suas Forças Armadas e o esforço que foi feito para haver paz numa terra e entre gentes que tanto amámos.
Gabriel do Espírito Santo
In Prefácio
Reconheço o percurso errático dos pára-quedistas em algumas encruzilhadas da revolução de Abril.
Creio, no entanto, que numa perspectiva “ideológica-institucional” (formal e orgânica, repete-se) esse percurso tem explicação.
Perturbam-se os pára-quedistas ao sentirem ameaçada a sua distintividade institucional pelas ideologias fragmentaristas ( próprias dos partidos), que penetram nos quartéis, ao encontrarem-se privados de um grande propósito nacional (não existindo, então, nenhum legitimado democraticamente, nem mesmo revolucionariamente.
Na verdade, a legitimidade revolucionária rapidamente implodira com as divisões, antagonismos e, mesmo, conflitos de direcção política).
Perturbação que aumenta quando os desafiam a ser progressistas e, até, revolucionários.
António Ramalho Eanes
In Posfácio