“Quando queremos ter esperança, optamos por guardiões: na religião, na política, nas ideologias, nos movimentos vanguardistas e revolucionários. Mas há quem se deixe iludir pelos falsos paraísos, por visões quiméricas, imaginários ficcionais e fenomenologias do espírito, escapes da sensibilidade com que se tentam simular alternativas na vida, um modo de colorir os sonhos. Há também outros sentidos de libertação que passam pelo “no future”: desconstroem a ordem fictícia da razão, invocam o martírio, a fé e outras imaginárias razões. Mas no teatro da vida, nunca representamos aquilo que somos: atores de Shakespeare a pisar o palco do mundo.”