Esta leitura da peça de Sttau Monteiro faz-se num constante movimento entre dois tempos históricos: aquele que contextualiza a sua produção (1961) e aquele em que o drama decorre. Daqui resulta um motivador percurso, que detecta influências dramatúrgicas, desvela a estrutura, as personagens, os temas e a dinâmica dos conflitos. Dedica um especial cuidado à análise da encenação, fortemente carregada de intencionalidade pelo próprio autor, e coloca a questão, deveras interessante, da recepção do texto, quer enquanto obra lida quer enquanto representação teatral. Um levantamento da intertextualidade, de que a própria obra se entretece, relaciona a peça com outros textos. Sugestões de leituras complementares, de trabalhos e um glossário contribuem para uma maior eficiência didáctica.