Como indica claramente o título, A Paleta de Cesário Verde refere a dimensão pictórica da obra deste poeta do século XIX que, como diz Alexandre Pinheiro Torres na sua introdução,
nas décadas de 70 e 80 abria novos caminhos, novas janelas por onde a poesia se espraiasse. Entre outras aberturas avultava a da experimentação ou manuseamento de conceitos visuais dos quais nenhum pintor português contemporâneo seria capaz de se aperceber. Não é que pintores, além fronteiras, não trilhassem essa vereda, mas que sabia Cesário disso?
Edição póstuma (Alexandre Pinheiro Torres faleceu em 1999), A Paleta de Cesário Verde vem a público sem o habitual e rigoroso limar de arestas do autor. No entanto, estão cunhados a cada página o seu génio e o seu estilo inimitável.