Três mulheres, de tempos e espaços distintos, nutrem uma paixão avassaladora pelo grande filósofo e matemático do século XVII.
Em A Paixão de Descartes, três mulheres são protagonistas e testemunhas privilegiadas da vida e das emoções do grande filósofo do século XVII: a rainha Cristina da Suécia, que o hospedou no seu castelo poucos meses antes de morrer, a sua amante holandesa Hélène Jans e Inés Andrade, uma estudante a viver na actualidade, empenhada em revelar o perfil mais íntimo de Descartes, um homem que não soube amar e que viveu nesse triste vazio cavado pela paixão mal vivida.
Quando Descartes é acolhido na corte Sueca, torna-se amigo e companheiro de debates filosóficos da rainha Cristina. Passados poucos meses, às portas da morte, decide confiar-lhe em testamento uma carta destinada à sua amante. Cristina, tendo abdicado do trono, deixa a Suécia e, ao chegar à Holanda, entrega a Hélène a carta na qual o filósofo declarava, tardiamente, o seu eterno amor por ela. Uma bela e indestrutível amizade nasce a partir deste momento entre as duas mulheres, mantida ao longo da vida através da troca de correspondência.
É Inés quem agora reconstrói os episódios depois de encontrar as cartas e alguns dos objectos pessoais de Cristina e Hélène no sótão…
A Paixão de Descartes é feito de amor e sabedoria, de humor e ironia, um livro onde se misturam cartas de há trezentos anos com e-mails do século XXI, esconjuros para atrair amantes hesitantes e esboços de histórias tão antigas e belas como lençóis de linho.