O livro é uma autobiografia. O padre José Fernando conseguiu conciliar o seu sacerdócio com o amor pelas motas, e foi o universo muito particular dos motards que, ao acolhê-lo, o retirou do anonimato, transformando-o numa figura de enorme popularidade a nível nacional. O seu carisma tem raízes numa profunda genuinidade, na fidelidade inabalável a si próprio, na capacidade de estar próximo das pessoas, de escutar sem julgar, sem nunca excluir e numa contagiante alegria de viver. "O padre Zé Fernando é o Sol!", dizem dele os "seus" motards. O surgimento de um cancro ("uma derrapagem..."), em 2005, leva-o a fazer um desvio no seu percurso e a questionar-se, mas não à sua fé. Aceitando embora algumas limitações, vive agora um dia de cada vez, quase sem compromissos se não com os amigos, com a sua crença em Deus e na vida.