Este ensaio defende quatro teses de crescente polemicidade.
A primeira visa resaltar um dado frequentemente esquecido pelos historiadores: António Vieira é um sacerdote e a unidade profunda da sua obra é de natureza religiosa (não literária e não política).Mas vieira não é um mero sacerdote, pertence à companhia de Jesus e é um pregador e um missionário, que empenha a sua palavra militante ao serviço da verdade do Evangelho e da conversão das almas dos gentios.
A segunda tese defende que Vieira é um nacionalista, e não um mero nacionalista da Restauração de 1640, mas um nacionalista estrénuo, que estatui Portugal como instrumento da realização do Quinto Império.
A terceira tese defende que a teoria do Quinto Império e substituindo-o pela apologia do dominio integral do mundo por um Cristo à medida de Roma papal, é uma obra menor, não por acaso aceite pelos censores portugueses da Inquisição.