Ser Poeta é ter a ousadia de olhar o mundo de forma diferente. Escolher o angulo de visão que a grande maioria das pessoas não escolhe. Espreitar da frente, quando quase todos os outros, espreitam de lado.
Ser Poeta é gritar palavras com sentido, quando alguns poderes as silenciam. Saber fazer silêncio nas páginas, quando rebanhos humanos, obscenamente se embebedam nos ruídos e mentiras de certos livros e jornais.
Ser Poeta é ser sempre solidário. Com a verdade. Com a justiça. Com a fraternidade. Com o amor. Com os seus próprios versos.
In prefácio António Sala
Com este posfácio a um livro de poesia cumpre-se o velho ditado português que diz de que há sempre uma primeira vez para tudo. É verdade que à medida que ficamos mais velhos vamo-nos sentindo mais eclécticos, menos susceptíveis de sermos surpreendidos e perdendo o medo em arriscar fazer coisas novas. Mesmo assim, este convite do meu velho amigo Amadeu Diniz da Fonseca para escrever o posfácio deste seu livro de poesia, não deixou de me apanhar de surpresa e de me causar um certo nervoso miudinho…
In posfácio de Arlindo Cunha