«Trata-se duma obra com tendências utópicas em que o pensamento histórico se mistura com um ingrediente saboroso. Quem é Isabel de Borgonha, perseguindo um ideal que não é apenas a derrota do turco e, para isso, a construção duma frota com mil mastros que vão ao céu subindo e que são as «mil árvores» faladas por Camões? Ela personifica o eterno feminino, ou é apenas uma mulher marcada pela virtude secundária da submissão, que trouxe da sua infância inglesa? A personagem Luísa Baena dá-lhe mais ouvidos do que ao "ragtime", tocado magistralmente pelo japonês, convertido ao ritmo americano. É um livro cheio de enigmas e elevadas partidas da vida em que os personagens se movimentam: na sala dos concertos, à beira da piscina, na proximidade da lagoa onde o Cortejo de Maximiliano jaz sepultado. É um livro muito longo, com milhões de páginas que se desdobram na mente do leitor. O próprio estilo é uma síntese admirável do pensamento.»