Francisco era um menino muito curioso que sonhava tornar-se tão pequeno para ouvir o que as pessoas diziam.
Francisco sonha saber o que se diz do outro lado das portas. Tenta tudo, até passar buracos de fechadura, implicando muita gente e dores. Por ter tanta curiosidade voam-lhe as orelhas trazendo para dentro da sua cabeça todos os sons do mundo: discursos, negócios de reis e presidentes, apitos, zumbidos, trovões, gargalhadas e alaridos de televisões... Um ruído infernal que o leva à descoberta dos sons pequeninos que moram perto e dentro de si. As ilustrações orquestram magistralmente sons e silêncio e têm, tal como o texto, significados plurais, ternos e intemporais.