Pioneiras, activistas, progressistas, académicas, jornalistas, médicas, escritoras, advogadas ou simples anónimas. No final do século XIX, princípios do século XX, estas mulheres iniciaram uma dura e longa batalha pela sua emancipação e igualdade a nível social, político e cultural. Adelaide Cabete, médica, professora e uma incansável lutadora; Alice Pestana, sempre em defesa da educação feminina e da criança; Guiomar Torrezão, a operária das letras que fez dos jornais e das suas obras publicadas em livro as armas da sua luta; Domitila de Carvalho, a primeira mulher a entrar na porta férrea da Universidade de Coimbra; Regina Quintanilha, a primeira mulher a vestir uma toga; Angelina Vidal, que deu a sua voz pelos mais desfavorecidos; Maria Rapaz, que se fez passar por homem para conseguir melhores condições de vida, são algumas das vozes deste livro. Muitas destas ambições caíram por terra com o final da I República e com o advento do Estado Novo que procura remeter as mulheres para a esfera doméstica. Mas durante estes anos de República, foram livres para pensar e sonhar.