Será o Poder um escravo de si mesmo? A morada do Poder acabará sempre por ser a perversão? E a festa do Poder, uma festa de devassidão?
Em O Ocaso dos Pirilampos, romance angolano de todas as interrogações, ouve-se uma voz que se confessa. É a voz do protagonista, senhor de um poder absoluto sobre a vida e morte dos seus súbditos: «A vontade de possuir o outro é rectangular como o íman, o desejo e a cola. A vontade de agredir é quadrada como o martelo…»