para o romance:
Os fantasmas de sempre, sempre a massacrar-(lhe), de noite e de dia, os agentes dos grandes insultos, das grandes humilhações, das grandes feridas, dos espinhos do ultraje. de dia eram presenças (que se instalavam) ao lado, enquanto lia, trabalhava, ou conduzia o jipe. e as situações equívocas, as gaffes, os mal-entendidos... os anos 86 a 91 tinham sido um imenso e obscuro túnel. e agora, estar ali? expressão de vitalidade, de salvaguarda ou peito para enfrentar o que estava para vir ou só apenas confirmada "faillite" (agarrado a isto, e disponível para tanto, por não ter mais nada a que agarrar-se: nem família, nem etnia, nem ambição enquadrável)?
O chacal acha-me graça
a hiena não me liga
e a raposa tem-me pó.