As melhores histórias do mundo são anónimas. São contos, são filosóficos e vêm do mundo inteiro. São zen ou sufi, chineses ou judaicos, indianos ou africanos. São, também, europeus, americanos, contemporâneos. Engraçados, graves, ou as duas coisas, ao mesmo tempo. São, por vezes, ambíguos, desconcertantes e, até, inquietantes. Parecem-se connosco. Jean-Claude Carrière, ao longo de mais de vinte e cinco anos de trabalho, recolheu-os, escreveu-os e ordenou-os como se se tratasse de um manual de filosofia. Trata-se, pois, da filosofia através dos contos, de um manual em que o caminho para o conhecimento é aleatório e divertido, constituído unicamente pelas melhores histórias do mundo. Estes contos, que atravessam o tempo e o espaço, tratam de todas as questões que, ao longo da história da humanidade e da nossa própria história, sempre nos inquietaram e agitaram. Dizem verdades que só os mentirosos conhecem. Enfim, dizem-nos tudo aquilo que só os contos podem dizer. Histórias de ontem, histórias de hoje: esta é a segunda colheita.