"Escrever História é fazer a leitura do que foi a Vida da Humanidade no tempo e no espaço. É, portanto, mostrar o que foi e não o que poderia ter sido – por mais sedutoras que pareçam as encruzilhadas (e foram tantas) onde teria sido possível o curso dos acontecimentos tomar um outro rumo.
O verdadeiramente importante é explicar como a Humanidade chegou à época presente, pelos caminhos da sua História – que não foram apenas os caminhos da Europa e do Ocidente (como tradicionalmente se inculca), mas as múltiplas trajectórias das Civilizações que se movem sobre os espaços do Universo.
O ofício do historiador ao fazer uma síntese clara dessa grande viagem consiste exactamente em compreender os acontecimentos determinantes no seu tempo – eventos de glória e fracasso, diálogo e repulsa, virtude e crime, paz e guerra, mas todos conducentes ao progresso da Espécie.
Nesta História que é global (porque é política, económica, social, cultural, abrangente de tudo o que é humano), vamos desfiar séculos e surpreender os Povos do Mundo nas rotas convergentes de um destino de comunhão, à entrada do terceiro milénio.
Aí está a globalização da nossa Idade Contemporânea. Aí estão os problemas, os de sempre, com novo rosto, a crise financeira, as alterações ecológicas, a pobreza de amplitudes trágicas, e outros mais – tudo quanto é desafio da adversidade, angustioso e tremendo mas nunca maior do que as razões da Esperança.
E a História continua."