O chileno Sebastián Urrutia Lacroix, padre e crítico literário, membro da Opus Dei e poeta medíocre, rememora a viva voz numa única noite de febre alta os momentos mais importantes da sua vida, convencido de que vai morrer. Assim, aparecem no romance os sinistros senhores Oido e Odeim (anagramas de «ódio» e «medo», em espanhol), que o recrutam para dar aulas de marxismo ao general Pinochet, Ernst Jünger, para as festas de María Canales, uma mulher misteriosa em cuja mansão se reúne a nata da cultura chilena em serões artísticos, ao mesmo tempo que na cave, que nenhum dos hóspedes conhece, se desenrolam acontecimentos dignos de filme de um terror e que nas avenidas de Santiago impera o recolher obrigatório.
Um romance imprescindível e arrepiante em que o talento de Bolaño brilha em todo o seu esplendor.
Críticas:
«Um escritor extraordinário, um romance – possivelmente o seu melhor romance – inteligente, intenso, misterioso, poético e verdadeiro, que surge do mais profundo das contradições humanas.»
La Vanguardia
«Uma maravilhosa torrente de emoção, uma meditação histórica brilhante, uma fantasia que nos cativa. Noturno Chileno é um desses raros e autênticos prodígios: um romance contemporâneo, destinado a ocupar para sempre um lugar na literatura universal.»
Susan Sontag