Este livro foi escrito e acarinhado ao longo de muito tempo até que o finalizei. Houve então um dia em que o desejo de publicá-lo surgiu e, esse desejo, ficou muito pouco tempo retido.
Pensei: Porque não editar? Porque não lutar por ele? Porque não transmitir através do meu livro, a quem o queira ler, sentimentos que estão dentro de mim e que talvez possam apaziguar o espírito de quem está sofrendo a ausência dos seus filhos? Porque não sensibilizar todos aqueles que têm o privilégio de terem os seus filhos vivos? Porque não sensibilizar também os jovens para o significado da alegria da VIDA e da tristeza da MORTE. Porque não ir ao encontro do sentir de muitas e muitas pessoas que, por várias razões, são tristes, revoltadas e infelizes?
Não foi fácil ter a ousadia de escrever um livro onde as convicções e as dúvidas se debateram, para eu, por fim, acreditar que ele podia ser útil.
Nunca tive uma noção tão clara como as palavras são importantes, como ao escrevê-lo.
Ao elaborá-lo tive o cuidado de ser humilde porque posso ser falível no que desejo transmitir, no meu objectivo. Sincera e emotiva porque exprimi o meu sentir como nunca o tinha feito. Corajosa e frágil porque sou humana. Preocupei-me em não querer igualar nenhum pai ou mãe pelo meu sentir e vivência.