Na História dos Descobrimentos e da Expansão tudo aconteceu porque houve navios e viagens. Navios capazes de longas rotas transoceânicas, de forma continuada e sustentada – nunca foi o ir que constitui em si matéria de novidade, mas o retorno e o voltar de novo –, homens que viajaram por todos e para todos os recantos do mar, movidos “pelas mais desvairadas tenções”, como escreveu um navegador de há cinco séculos atrás. Os doze estudos que aqui se reúnem têm o desejo de contribuir para a resposta a uma questão fundamental: como é que os portugueses navegaram, muito mais do que para onde foram e como é que o conseguiram antes de outras nações marítimas.