Confidências de uma vida glamorosa, exuberante e sempre surpreendente.
Nenhum escritor americano do século XX teve uma vida tão agitada e brilhante como Gore Vidal. Em Navegação Ponto por Ponto, este polémico escritor e ensaísta fala abertamente, com elegância e inteligência, das suas vivências mais extraordinárias. O título escolhido refere-se ao feito algo perigoso de comandar um navio sem bússola, espelhando, metaforicamente, o percurso em ziguezague da vida de Vidal.
Gore Vidal faz uma viagem pela sua memória através dos bastidores da literatura, da televisão, do cinema, do teatro, da política e da alta sociedade. Com um estilo muito vivo e simples, como se estivéssemos a escutar uma longa confidência, Vidal salta de história em história, propõe reflexões, é simpático para umas personagens e impiedoso para outras. Nestas páginas encontramos episódios surpreendentes com Jacqueline Kennedy, Tennessee Williams, Eleonor Roosevelt, Orson Welles, Johnny Carson, Greta Garbo, Federico Fellini, Rudolf Nureyev, Elia Kazan e Francis Ford Coppola. As páginas mais comovedoras, escritas com pudor e subtileza, estão reservadas a Howard Auster, o seu companheiro de sempre, o homem com quem viveu mais de cinquenta anos.
Navegação Ponto por Ponto é um livro de memórias inteligente e elegante. Vidal começa com pequenas observações que crescem até ascenderem à sua devida grandiosidade. Um livro fluente, carregado de humor, simples, mas nunca simplista, vivo e glamoroso. Um livro de memórias imperdível.
Críticas de imprensa:
«Abarcando os mais de quarenta anos que o escritor viveu em Itália, país onde se fixou em 1963, o frequente recurso ao flashback ilumina algumas zonas de sombra. Num ápice, somos transportados da Roma do imediato pós-guerra para a descoberta precoce do cinema. É hilariante a passagem em que Vidal descreve o dia de 1929 (aos 4 anos, portanto) em que, sentado ao lado dos pais num cinema de St Louis, responde em voz alta à pergunta que uma actriz faz no ecrã... O ritmo mnemónico não poupa nada nem ninguém: o arrivismo da mãe, a zanga com Jackie Kennedy, os engates de rua (onde cabe a explicação do motivo que levou Paul Bowles a fugir para Marrocos), o rapto e assassínio de Aldo Moro em 1978 (mero pretexto para falar das Brigadas Vermelhas), a dor sentida pela morte de amigos muito queridos (entre outros: Susan Sontag, Saul Bellow e Barbara Epstein), o desprezo pela Junta que governa a América — Vidal refere sempre como Junta a tríade formada por Bush, Cheney e Rumsfeld —, as guerras monitorizadas pela CNN a partir dos anos 1990, e assim sucessivamente.»
Eduardo Pitta, Público
"Não há nenhum escritor como Gore Vidal, e todos deveriam conhecer a sua obra."
The Times
"Gore Vidal é o mais elegante, erudito e ecléctico escritor da sua geração."
Guardian
"Uma figura cuja forte presença crítica tem sido uma parte essencial da vida cultural americana nos últimos 50 anos."
Times Literary Supplement
"A sagacidade de Gore Vidal de conhecimento, humor e desprezo entra-nos no sangue. Ele consegue mudar a nossa maneira de pensar."
The Observer