A busca da felicidade é uma das maiores preocupações do ser humano, um fenómeno que jaz no âmago das nossas esperanças, sonhos e aspirações. Efémero e complexo, o desejo de ser feliz e de fugir aos grilhões demasiado frequentes da dor e do sofrimento é universal e intemporal.
Mas o que é a felicidade? Estará no momento em que olha pela primeira vez para um recém-nascido? Ou na realização de um desejo há muito ansiado? No presente livro, Desmond Morris aborda frontalmente esta questão fundamental e multifacetada. Em vez de dizer o que devemos fazer para alcançar a felicidade, oferece-nos uma análise inteligente e estimulante dos seus vários mitos e realidades.
O autor faz uso da razão e da lógica para explicar o intangível e o emocional. Explora as inúmeras formas de alcançar diferentes tipos de felicidade: a felicidade genética, que se obtém com o amor de um filho, o estado arrebatado e ditoso do amante, a felicidade sensual do hedonista, e até a dor que dá prazer ao masoquista ou o delírio do consumidor de drogas.
No final, Desmond Morris retira conclusões incisivas e fornece algumas ilações fascinantes. Qualquer estado permanente de felicidade é ilusório. A felicidade genuína é preciosa e fugaz: é a súbita onda de prazer que sentimos quando algo melhora. Talvez o reconhecimento deste facto e a revelação de muitas das respostas sobre a natureza da felicidade nos permitem apreciá-la mais, melhorando assim a nossa vida.
«A verdadeira natureza da felicidade é, muitas vezes, mal compreendida. É frequentemente confundida com satisfação, contentamento, ou paz de espírito. A forma mais simples de explicar a diferença é descrever o contentamento como a dispoosição que sentimos quando a vida nos corre bem, enauqnto a felicidade é a sensação que temos quando ela melhora subitamente. No preciso momento em que nos acontece algo de maravilhoso,somos invadidos por uma onda de emoção, um sentimento de prazer intenso: uma explosão de puro deleite. Este é o momento em que somos verdadeiramente felizes.» - Desmond Morris