"Com seu estilo nomeadamente lírico, no caso de Nenhum olhar, apoiado num universo arcaico e rural e em Cemitério de pianos, embasado no ambiente urbano de Lisboa, José Luís Peixoto cria romances que, longe de apresentarem um homem, fixado num determinado espaço e/ou tempo, retratam a jornada humana de um modo universal. O momento de encontro consigo mesmo expresso nessas obras converte as suas personagens em Cavaleiros do Graal cujas vidas paradoxalmente presas ao passado e voltadas para a eternidade tornam-se símbolos daquilo que é demasiadamente humano e mítico simultaneamente: a busca".