Segundo romance de Magnus Mills, o novo "fenómeno" das letras inglesas - era condutor de autocarros quando publicou "O Curral das Bestas", nomeado para o Booker Prize (e acreditou-se até à última que seria ele a recebê-lo).
O narrador, e personagem principal, que decidira ir fazer uma viagem no Expresso do Oriente, está num parque de campismo e de súbito nota que os outros campistas se tinham ido todos embora. Entretanto, ajuda o dono do parque num pequeno trabalho, a que se segue mais outro e mais outro e outro, tornando-se numa espécie de criado não remunerado. Depois há, naquele local, pequeno e campestre, micro-mundo de um mundo maior, uma série de seres bizarros (um merceeiro que só lhe vendia determinado tipo de bolachas, uma rapariga de 15 anos que o assediava constantemente, um leiteiro esquisito...), que nos levam a perceber que por detrás de toda aquela simplicidade e vida calma, num local onde nunca há nada de novo, pode haver algo de muito terrível.
" ... a crítica inglesa confirmou-o como um dos mais brilhantes escritores contemporâneos. É vanguardista, mas daqueles que vão perdurar. Alguns críticos já referem que o seu realismo, único, faz parte de um novo género literário.
" (...) "Nada de Novo no Expresso do Oriente" lembra muito Enyd Blyton e Kafka, uma mistura estranha ajudada por reminiscências de um "kitch" nostálgico dos filmes de David Lynch; numa prosa elegante, é um prazer para a leitura."
José Riço Direitinho, Público, suplemento "Mil Folhas"