Este livro é porventura um dos mais emblemáticos textos «subversivos» impressos em Portugal durante o salazarismo.
Foi escrito por um republicano racionalista e livre-pensador abjurado pela Igreja Católica e pelo regime autoritário e «catolaico» do Estado Novo.
Depois, a democracia nascida da revolução de 25 de Abril de 1974 acabou também por o ostracizar.
Estas serão, de resto, razões suficientes para que alguns títulos da sua prolífica obra logrem ser redescobertos e reeditados pela Antígona numa altura em que se aproxima o centenário da proclamação da Primeira República em Portugal (1910-2010).