O trabalho aqui descrito, impulsionado pela experiência profissional da autora, enquanto educadora de infância e licenciada em Ciências da Educação, foi efectuado no âmbito de uma tese de Mestrado em Ciências do Educação e procurou enquadrar a situação pré-escolar portuguesa no quadro das tendências educativas orientadas por uma perspectiva ecológica centrada na família.
Na parte teórica é apresentada uma síntese sobre várias perspectivas e estudos realizados por diversos autores que fundamentam o envolvimento e a participação dos pais /família no jardim-de-infância, acrescentando-se algumas sugestões práticas para trabalhos a desenvolver nesta área.
Na parte empírica, pretendeu-se verificar, numa amostra portuguesa, até que ponto os educadores adoptam um modelo de colaboração participativo com a família e a restante comunidade educativa. O instrumento utilizado para esse efeito foi um questionário construído e cotado segundo uma escala de tipo Likert, tendo em conto três dimensões: Gestão e planificação, Participação em actividades de cooperação pedagógica e Acção educativa comunitária.
Os resultados obtidos com uma amostra alargada de educadores de infância do Zona Centro mostraram, à semelhança de estudos realizados por outros autores, que o conceito de parceria não inclui as funções educativas e que apesar de os educadores de infância serem os profissionais mais abertos à comunicação com os pais e de adoptarem algumas práticas do modelo participativo, estão ainda longe de o adoptar em plenitude.