Um jogo de equívocos e aparências, em torno da esposa de um psiquiatra suiço, leva uma realizadora de cinema e TV a um país árabe que por sua vez é palco de complicadas intrigas de poder. Aí a violência e a morte são realidades tangíveis sob o sol implacável do deserto. De certa forma esta narrativa é um símbolo e uma representação do mundo. Em que o motivo da observação constitui como que o labirinto onde se esconde o deus dos nossos tempos. O deus de homens e mulheres que vivem procurando ser simultaneamente observadores e observados, para reencontrarem um sentido da existência. Um livro escrito numa prosa "experimental" - como o próprio autor salienta -, que se lê co-mo quem escuta uma fala que não se interrompe de capítulo para capítulo, como a de alguém que receasse perder a respiração.