As casas do Alentejo
Serpenteiam pela rua
Todas de branco caiadas
Juntinhas como num beijo
Parecem estar abraçadas
À luz do Sol ou da Lua.
Algumas muito estreitinhas
Com cercaduras de cores
E ninhos de andorinhas.
No Verão, um céu velazquenho
Com aquele vento suão
De que nos fala Régio,
Na sua longa toada,
Dá-nos um sofrer tamanho
Do romper da alvorada
À tarde abafadiça.
[…]