Depois de sete intensos anos de trabalho em Hollywood, Charlie Chaplin encontrava-se física e emocionalmente esgotado e tinha apenas um desejo: escapar-se e regressar ao Velho Continente que o tinha visto nascer. Em A minha viagem pela Europa conhecemos o outro lado do mais famoso actor e realizador do cinema mudo – ficamos a par das suas fraquezas, dos seus desejos, da sua vontade de ser amado e querido, mas também conhecemos, através do seu relato, uma Europa que acordava da guerra em todo o seu esplendor e força. Chaplin redescobre o prazer do anonimato, antes de regressar à América com uma nova visão do mundo. «Passamos por uma igreja. Há uma mulher idosa a dormir nos degraus, mas não parece cansada nem desgastada. Há quase um sorriso na sua face adormecida. Ela representa Paris, para mim. Escondendo a sua pobreza por detrás de um sorriso.»