Com uma contenção que mal disfarça a ferocidade das paixões das suas personagens, um dos grandes romancistas japoneses do pós-guerra conta uma luminosa história de desejo, arrependimento, e da saudade quase sensual que liga os vivos aos mortos. Quando Kikuji é convidado para uma cerimónia do chá organizada por uma antiga amante do falecido pai, não está à espera de se ver envolvido com a rival e sucessora desta, a senhora Ota. Nem suspeita do sofrimento profundo que nascerá dessa relação. Mas, na cerimónia do chá, cada gesto tem um significado. E, em Mil Grous, até o toque mais fugaz ou o comentário mais casual têm o poder de iluminar vidas inteiras... por vezes no mesmo instante em que as destroem.