Publicada pela primeira vez nos EUA em 1944, esta obra fazia também parte da missão de denúncia e apelo a que o autor se propusera. Jan Karski, membro da resistência polaca, foi nesse ano o mensageiro do povo polaco junto do seu governo no exílio, o mensageiro dos judeus perante o mundo e o homem que alertou para o genocídio judaico, que ele mesmo presenciara, quando ainda era possível detê-lo. Além dos documentos e relatórios que deveria entregar ao seu governo no exílio e aos aliados, conseguiu ainda entregar ao presidente Roosevelt documentos relatando o que vira no Gueto de Varsóvia e no campo de concentração de Izbica Lubelska, os quais fazem também parte desta obra. Apesar de inicialmente ter sido um bestseller, a obra foi acolhida com alguma frieza pelas autoridades ocidentais e acabou por cair no esquecimento; o mundo não estava então preparado para os relatos de Karski, e o reconhecimento surgiu tardiamente. Obra capital de um Justo entre as Nações, proibiu e proíbe, em definitivo, as palavras «Não sabíamos».