«O Meu Diário de Guantánamo é o primeiro livro que dá vida ao local e aos prisioneiros. Ao mesmo tempo triste, revoltante, mas também comovente e enternecedor, está maravilhosamente escrito. É um livro espantoso.»
— ARYEH NEIER, presidente do Open Society Institute e antigo director executivo da Human Rights Watch
«É fácil maltratar uma coisa chamada n.º 1154. É fácil rapar-lhe a barba, dar-lhe pontapés como se fosse um objecto, cuspir-lhe, torturá-la e fazê-la gritar. Já é mais difícil praticar esses abusos quando o n.º 1154 conserva a sua identidade: o Dr. Ali Shah Mousovi, um pediatra que fugiu dos talibãs e que trabalhou para as Nações Unidas encorajando os afegãos a participar e a votar na nova democracia. É mais difícil odiar o n.º 1154 quando nos apercebemos de que tem mais coisas em comum connosco do que diferenças. A sua mulher, economista, espera mês após mês, ano após ano, pela notícia do regresso do marido; os seus dois filhos e a sua pequena filha crescem sem ele. Os números negam a qualidade humana aos indivíduos a quem são atribuídos: n.º 1009, n.º 1103, n.º 902, n.º 0002, n.º 1021, n.º 693, n.º 0004, n.º 345, n.º 560, n.º 928, n.º 953… É fácil percorrer os números. Há centenas deles.»