Metade da Vida é uma antologia, um luxo e um exemplo de vaidade — um pouco disso, um pouco do que se escreveu. Neste caso trata-se, também, de arrumar papéis, de tratar da ortografia e da caligrafia. Os livros anteriores ficam assim reunidos neste, e só eles (nesta versão) podem ajustar contas com o juízo do leitor e com o do autor, que é avesso a falar de poesia, por entender que não se trata de literatura. Poesia é sempre outra coisa, fica sempre mais além. O verso ideal, por isso, não devia escrever-se.