Este livro é o primeiro da série que abre uma colecção apelidada de "Guerra Colonial".
É o registo memorial de uma guerreiro colonial, que, no espaço de 10 anos, efectuou quatro comissões de serviço em dois dos principais Territórios Operacionais (TO) do antigo Ultramar Português: Angola e Guiné.
Foi, na realidade, um guerreiro colonial, que iniciou a sua actividade profissional, praticamente, no início real do conflito armado em Angola e finalizou essa mesma actividade como processo de transmissão do poder militar aos guerrilheiros que combateu nessa mesma antiga colónia. Foi, aliás, de armas na mão, já no período derradeiro da sua presença na nova República Popular de Angola, que teve de defender essa retirada nas antigas Instalações Navais de Luanda. Era apenas um jovem com 27 anos. Mas, com uma carga de guerra de uma década em cima dos seus ombros.
Na escuridão desembarcam em silêncio, como equilibristas ultrapassam o tarrafo e chapinham nas imensas bolanhas, protegidos pelo cacimbo da aurora, aproximam-se da presa.
Como leões esfomeados atacam.
Explosões, rajadas, gritos e de súbito... Silêncio. Desaparecem como fantasmas, transportados pelos "patos do rio" ou pelo "zumbido das moscas", voltando de novo às suas bases para lamberem as suas feridas e afiar as suas garras, entoando
o seu grito de sempre: "Fuzileiros, Prontos".