O advogado José Alírio de Sousa, figura bem conhecida no Mindelo, morre subitamente no dia do seu aniversário.
Decorriam os preparativos para a festa quando todos foram surpreendidos pelo funesto evento.
Tão inesperada foi a sua morte, que é o próprio Alírio a relatar-nos os acontecimentos do atribulado velório.
O seu espírito, demasiado preso ainda às coisas terrenas, vagueia pelas divisões da casa onde viveu ouvindo e observando aqueles que acorreram a acompanhá-lo naquela longa noite.
Cada familiar, cada amigo, cada conhecida, representa uma estória na estória do que foi a sua apesar de tudo não muito longa vida.
E é de recordações que José Alírio nos vai revelando a sua agitada e aventurosa passagem por este mundo.
A narração decorre num tom bem-humorado, às vezes corrosivamente satírico, mas quase sempre alucinante pelo entrecruzar de personagens, de situações tão picarescas quanto hilariantes, caracterizadas por uma forte e constante carga erótica.
Mas chega o momento de o nosso espírito-narrador nos abandonar definitivamente.
E é então que...