Geriu uma revolução sem nunca ser um revolucionário. Foi hábil na política sem ser um político. Foi um militar que nunca deixou de pensar como um civil. Exerceu altos cargos nos regimes de Oliveira Salazar e Marcelo Caetano, mas por duas vezes foi demitido pelos chefes do governo. Foi dos primeiros militares a reconhecer a impossibilidade de uma solução exclusivamente militar em África mas, também, o general que maior número de tropas comandou em Moçambique e Angola. Estas e muitas outras aparentes contradições marcaram o percurso político e militar de Francisco Costa Gomes. Um homem que esteve sempre no centro das tempestades que atravessou ao longo da sua vida. Um jogador frio e calculista ou uma personalidade indecisa e flutuante?
Na biografia Marechal Costa Gomes - No Centro da Tempestade, ficamos a conhecer o jovem aluno do Colégio Militar, o militar preferido nas estruturas da NATO, aquele que Marcelo Caetano escolheu para chefiar as Forças Armadas e que os capitães de Abril escolheram para líder do novo regime. O homem que substituiu António de Spínola na cadeira da presidência e que nos meses seguintes serviu como verdadeiro centro de moderação e de mediação entre as diversas forças que disputaram o controlo político e militar do país.