O autor reuniu neste livro a respiga de pequenas histórias, reflexões, evocações de vivências próprias e alheias, lembranças da vida, registos e memórias de viagens, recensões críticas do quotidiano paroquial.
É manifesta a ausência, aliás, ponderada, de uma unidade temática da obra. E também de qualquer ordenação cronológica dos escritos .
O livro é uma versão recorrente de um género muito cultivado na literatura portuguesa e brasileira que teve em Miguel Leitão de Andrada, com “Miscellanea” (1629), e, já no século XX, em Jorge Amado (“Navegação de Cabotagem”), Miguel Torga (“Diário”) e António Alçada Baptista (“A Pesca à Linha”) alguns dos seus mais lídimos obreiros.