Esta obra é a síntese do que constitui a maior descoberta arqueológica do século XX: os manuscritos exumados em Qumrân, junto ao Mar Morto, entre 1947 e 1956. Com pena de mestre o autor esforça-se para esclarecer as relações entre os escritos de Qumrân, João Baptista, Jesus e o cristianismo, deixando claro que parece certo que Jesus encontrou, no seu caminho, os essénios tendo estes feito parte do seu grande auditório. Os escritos do mar Morto deixam transparecer que os traços comuns ao essenismo e à mensagem de Jesus se devem ao facto de Jesus e os essénios terem sido judeus que partilharam a mesma herança ancestral, com o seu património escrito, tradições, costumes e ritos. Quanto aos elementos comuns aos textos essénios e aos escritos do Novo Testamento, segundo André Paul, deixam transparecer e até crer que os primeiros autores cristãos beneficiaram da maravilhosa e grande biblioteca dos essénios.No ano em que se comemoram os cinquenta anos sobre a descoberta das últimas grutas de Qumrân (1956) este é um livro imperdível que tem o imenso mérito de estar muito bem documentado e de fácil acesso a todo o público em geral.