ESTA FOTOBIOGRAFIA ILUSTRA A HISTÓRIA DE UM HOMEM QUE COM OUTROS ESCOLHEU, EM TEMPOS DIFÍCEIS, LUTAR PELA LIBERDADE E PELO DERRUBE DA DITADURA FASCISTA QUE GOVERNOU PORTUGAL. A 27 DE ABRIL DE 1974, QUANDO CHEGOU A LISBOA NO «COMBOIO DA LIBERDADE», QUE TRAZIA REFUGIADOS POLÍTICOS DE FRANÇA, TENDO À ESPERA UMA MULTIDÃO DE MILHARES DE PESSOAS, DISSE AOS SEUS COMPANHEIROS MAIS PRÓXIMOS: «PODIA TER MORRIDO HOJE QUE A MINHA VIDA JÁ ESTAVA COMPLETA.»
Aos 18 anos foi proibido de frequentar a Escola Naval. Ser filho do homem que mandou disparar sobre o Palácio Real, o almirante Tito de Morais, fazia com que a ditadura militar não o quisesse a seguir a carreira do pai.
Aos 38 anos foi preso pela segunda vez e só conseguiu trabalho em Angola. De novo preso só lhe restou o exílio. No ano de 1963 fundou a Frente Patriótica de Libertação Nacional, na Argélia. Tal como ao general Humberto Delgado, a PIDE tentou raptá-lo, segundo o livro de memórias do inspector da polícia política António Rosa Casaco. A tentativa falhou devido a um acidente de viação que o envolveu. O ano de 1973 encontrou-o na cidade alemã de Bad Münstereifel, onde fundou o Partido Socialista. Foi o primeiro director do jornal Portugal Socialista.
Depois da Revolução preferiu o trabalho de organizar o partido durante o amadurecimento da jovem democracia. Deputado constituinte em 1975 e da Assembleia da República nas legislaturas seguintes, foi presidente deste órgão de soberania em 1983.