Volvidos mais de trinta anos sobre a sua génese, o UNIMARC: formato bibliográfico mantém-se como um dos principais formatos de dados utilizados pela comunidade internacional de bibliotecas, sendo aplicado em 25 países, na sua maioria directamente e, nalguns casos, enquanto norma de base a formatos de uso nacional que adoptaram designações específicas. Continua, também, a desempenhar um papel fundamental como formato internacional de troca entre diversos formatos MARC, aspecto essencial que presidiu à sua criação. Neste contexto, o UNIMARC constitui ainda hoje uma estrutura de referência comum quer para muitos projectos de colaboração internacional, quer em novos desenvolvimentos do foro da gestão de dados bibliográficos em geral, designadamente no âmbito da IFLA, como é o caso dos Requisitos funcionais dos registos bibliográficos.
A evolução do formato, assegurada por um comité internacional – o Permanent UNIMARC Committee (PUC) – no âmbito da UNIMARC Core Activity da IFLA, tem acompanhado as necessidades de transformação e sofisticação do registo de dados bibliográficos, por forma a corresponder às exigências práticas que foram surgindo. A evolução verificada nos últimos anos tem vindo a actualizar o formato em inúmeros aspectos que, desde o lançamento da segunda edição do UNIMARC Manual (1994) foram veiculadas em actualizações à referida edição, em número de cinco, publicadas entre 1996 e 2005. A necessidade de consolidar todas essas actualizações, incluindo também as que posteriormente foram aprovadas pelo PUC até ao presente ano, deu origem à 3.ª edição do UNIMARC manual: bibliographic format, publicada em 2008, que passa, assim, a constituir a documentação corrente, oficial completa, do UNIMARC: formato bibliográfico.
Adoptado em Portugal em 1987, o UNIMARC constitui um elemento basilar do trabalho da generalidade das bibliotecas portuguesas. A relevância em disponibilizar na língua portuguesa a edição mais actual do UNIMARC: formato bibliogáfico, é, pois, incontornável, e corresponde a uma prioridade estratégica da BNP, para o curto e médio prazo, que privilegia a atenção aos desenvolvimentos normativos de interesse para a gestão das actividades de bibliotecas e centros de documentação.