Ironista subtil, que, melhor do que outro qualquer romancista português, soube surpreender aspectos profundos da psicologia humana, Eça de Queiroz apresenta em O Mandarim uma das suas obras de mais flagrante verdade. Ocupando-se de um tema de origem francesa, o escritor soube imprimir-lhe um cunho fortemente pessoal, em que o sentido crítico e a mais risonha fantasia se conjugam e completam.